Ah, os almoços de família… aquele ritual coletivo onde a comida é só um pretexto e o verdadeiro banquete é o emocional. Um grande palco de egos descompensados, de ressentimentos mal resolvidos, de cobranças veladas disfarçadas de preocupação… e claro, do inevitável álcool que age como catalisador bioquímico de tudo que há de mais grotesco no ser humano.
A Bioquímica da Vergonha Alheia
Antes de qualquer abordagem mágica ou comportamental, vamos olhar para o subsolo da psique humana: o corpo.
Quando a conversa começa a escalar de "como vai o trabalho?" para "e os filhos que você ainda não teve?"… ou daquele tio que decide dar opinião sobre o seu corpo, suas escolhas políticas ou sua espiritualidade… a resposta bioquímica no seu organismo é imediata.
O cortisol (hormônio do estresse) sobe.
A adrenalina começa a circular.
A frequência cardíaca acelera.
Os músculos tensionam.
Sua mente passa a operar no modo "fuga ou ataque".
E se você adiciona álcool à equação? A coisa piora. Porque o álcool inibe o córtex pré-frontal, aquela parte responsável pela autorregulação e pelo filtro social. Resultado?
As pessoas falam o que normalmente guardariam.
As máscaras caem.
As frustrações, recalques e invejas escorrem como veneno numa pia entupida.
O Luciferiano no Meio do Caos: Não Reaja… Jogue
O praticante luciferiano não está ali para ser o "bonzinho".
Mas também não está ali para ser o tolo reativo.
Ele observa. Ele lê o campo. Ele manipula.
Primeira Lei: Jamais se iguale à tagarelice
Responder no impulso? Jamais.
O que eles querem é sua reação emocional. Sua explosão. Seu descontrole.
O que você faz?
Respira fundo. Mantém o olhar firme, calmo, quase clínico.
Use o silêncio como arma.
Ou melhor: use o constrangimento como altar.
Quando alguém lançar uma provocação, devolva com um comentário sutil, cortante e enigmático. Algo como:
"Interessante como algumas pessoas se revelam nesses encontros, né?"
Ou apenas um sorriso de canto, como quem sabe de algo que os outros não sabem.
Segunda Lei: Transmute a energia caótica a seu favor
Enquanto os outros explodem emocionalmente, você coleta.
Sim… energeticamente, aquilo é um campo fértil. Um banquete vibracional.
Visualize as palavras agressivas como larvas energéticas saindo das bocas abertas.
Sinta-as flutuando no ambiente como mosquitos atordoados.
Imagine que cada uma dessas cargas emocionais flutuantes é absorvida por um pequeno vórtice invisível girando na altura do seu plexo solar.
Transmute-as.
Converta aquela raiva, aquela inveja, aquele recalque… em combustível psíquico para seus próprios projetos.
Exemplo de visualização durante o almoço:
"Cada ataque, cada indireta, cada piadinha… é uma moeda energética que eles estão me pagando. Eu recolho, eu guardo… e amanhã, eu invoco esse poder no meu altar."
Terceira Lei: Instale Gatilhos Psíquicos
Quer ir além?
Use a magia do caos de forma estratégica.
Antes de ir para o almoço, carregue um sigilo discreto no bolso ou em um anel. Programe esse sigilo para absorver e transmutar toda energia indesejada.
Se quiser ser mais ousado, durante o almoço, estabeleça pequenos gatilhos comportamentais:
-
Quando alguém erguer o copo de bebida: mentalmente, você ativa o comando "Que mostrem sua verdadeira face".
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Quando alguém rir alto demais: "Que o ego se exponha ainda mais".
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Quando houver um brinde: "Que todas as máscaras caiam antes da sobremesa".
Pequenos rituais de campo…
Micromagia operando em tempo real.
As Consequências: Depois da Gargalhada, a Ressaca Existencial
No dia seguinte, enquanto os demais acordam com dor de cabeça, vergonha de ter falado demais ou com mensagens não respondidas de parentes ofendidos… você acorda limpo.
Reabastecido.
Enquanto eles afundam em ressaca moral e bioquímica, você está com o campo energético fortalecido.
O cortisol deles? Ainda nas alturas.
O seu? Já foi drenado no ritual de transmutação na noite anterior.
Considerações Finais
Os almoços de família são, para muitos, um inferno social.
Para o magista, são apenas mais um teatro humano… um tabuleiro… uma arena.
Você não está ali para evangelizar.
Você está ali para colher.
Colher energia. Colher aprendizados. Colher poder.
E acima de tudo… permanecer fiel a si mesmo.
Como diria o Portador da Luz:
"Aquele que sabe observar em silêncio… é aquele que move as correntes invisíveis."
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