O Cristianismo e o socialismo andam de mãos dadas, dizem uns. "Cristo era o primeiro comunista!", bradam outros. Já o pessoal da direita, ao se benzer com notas de dólar, torce o nariz e grita: "Não, não! Deus ajuda quem cedo madruga!". Enquanto isso, os revolucionários de sofá pregam que Jesus era um símbolo da luta de classes... Mas, ao mesmo tempo, renegam a figura do carpinteiro por falta de Wi-Fi no templo.
Amigos, vamos descer o sarrafo em todo mundo: direita, esquerda e qualquer tentativa de encaixar Jesus Cristo numa narrativa política. A história está cansada, o discurso está necrosado e, no meio disso tudo, o dinheiro – aquele mesmo, adorado como um bezerro dourado – ainda é mais sagrado que as ideologias falidas.
O Mito do Cristianismo "Socialista"
Sim, Jesus falou sobre os pobres. Disse que o "rico não entra no céu" com facilidade, comparando a façanha a passar um camelo no buraco de uma agulha. Mas alguém aqui já leu os textos inteiros? Jesus não disse que o dinheiro era o problema. Ele criticou a ganância, a adoração desmedida do vil metal.
E vamos ser realistas: sem dinheiro, você nem saúde pública decente tem, nem pão na mesa ou vinho na ceia. Essa ladainha de "não acumular bens" só funciona para quem pode se dar ao luxo de viver no extremo do desapego ou para aquele pastor com mansão e jatinho que diz: "Doe tudo e Deus proverá!".
Se você acha que vai viver no modo Francisco de Assis, em um mundo hiper capitalista, desista. O desapego espiritual é lindo, mas a conta de luz vem com um boleto.
O Dinheiro e a Religião: A Realidade de Mammon
Se Jesus expulsou os mercadores do templo, não foi porque o dinheiro era ruim, mas porque confundiram o sagrado com o profano. Dinheiro é apenas uma energia: neutra, fluida e adaptável.
Mammon, o demônio da avareza, representa o apego excessivo ao dinheiro – o que, cá entre nós, permeia tanto o dono da multinacional como o "militante anticapitalista" que não sobrevive sem o último iPhone.
Aqui está a verdade: o dinheiro é vital para sua existência. Não compreende o fluxo do dinheiro? Então Mammon vai lhe ensinar – através da dor, do bolso vazio e do salário que evapora antes do dia 15.
Paimon e a Arte de Fazer Negócios
Paimon, da Goetia, é um mestre do entendimento dos negócios, dos acordos e das hierarquias. O demônio do sucesso empresarial. Ao contrário do que pregam os “defensores da moralidade”, entender o mundo do dinheiro não é heresia – é sobrevivência. Montar um negócio, prosperar e entender que a vida é uma troca contínua não te torna um adorador de Mammon, mas sim um arquiteto da própria realidade.
Esquerda e direita precisam aprender com Paimon. Dinheiro pode ser uma ferramenta, não uma algema. A diferença? Saber lidar com ele, sem demonizá-lo nem endeusá-lo.
Quebrando as Narrativas Infantis
A realidade nua e crua é simples:
- Cristianismo não é socialismo. Tampouco capitalismo. Era uma mensagem espiritual adaptada pelo homem conforme sua conveniência.
- A esquerda precisa parar de romantizar a pobreza como virtude. Ser pobre não é nobre; é uma merda. A dignidade vem de oportunidades e de poder viver com o mínimo necessário.
- A direita precisa descer do pedestal moralista. Se fosse só pelo mérito, Adão e Eva não tinham sido expulsos do paraíso, não é mesmo? Entender o valor do trabalho não é o mesmo que pregar o desprezo aos desfavorecidos.
Conclusão: Dinheiro como Parte do Divino
Nem Mammon nem Paimon são vilões. O problema é a relação deturpada que temos com o dinheiro – alimentada por ideologias rasteiras e crenças limitantes. Dinheiro, meus caros, é parte do divino, pois proporciona saúde, abundância e evolução. E como tudo na vida, ele exige equilíbrio.
Parem de tapar o sol com a peneira. Utopia não paga aluguel. Cristo não usaria Bitcoin, mas certamente diria: "Dai a César o que é de César, e ao fluxo energético da vida, o que é necessário".
Agora levante, trabalhe e aprenda. O céu pode esperar, mas o boleto não.
por Zahir Almyst
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