Desconstruindo o Natal: Revelando a Farsa do Nascimento de Jesus e Suas Origens Pagãs


O Natal, com toda sua pompa e misticismo, é celebrado como o nascimento de Jesus Cristo, mas uma análise mais profunda do Novo Testamento e da história das religiões revela uma verdade desconcertante: a narrativa do nascimento de Jesus foi construída para consolidar poder, eliminar concorrências espirituais e se apropriar de tradições mais antigas consideradas "pagãs". Este artigo explora as contradições textuais nos Evangelhos e as conexões intrigantes entre o nascimento de Jesus e mitos anteriores de deuses messiânicos.


Uma Narrativa Fabricada: Contradições nos Evangelhos

Os relatos de Mateus e Lucas, os únicos que mencionam o nascimento de Jesus, divergem em muitos aspectos fundamentais, o que já indica uma fabricação teológica:

  1. Genealogias Conflitantes:
    Enquanto Mateus e Lucas traçam a linhagem de Jesus até Davi, suas listas são totalmente diferentes. Essa tentativa de ligar Jesus à linhagem davídica foi claramente uma manobra para legitimá-lo como o Messias prometido.

  2. Censo Improvável:
    Lucas alega que José e Maria viajaram a Belém por causa de um censo ordenado por César Augusto. Historicamente, esse censo ocorreu em 6-7 d.C., após a morte de Herodes, contradizendo a cronologia apresentada.

  3. A Estrela de Belém:
    O fenômeno cósmico descrito por Mateus, que guiou os Magos, não é corroborado por nenhuma fonte histórica. Ele parece ser mais um símbolo literário para reforçar a ideia de Jesus como uma figura divina.


O Natal e Suas Raízes Pagãs

A construção da narrativa do nascimento de Jesus também serviu a um propósito mais amplo: substituir cultos e tradições anteriores que reverenciavam figuras divinas ou messiânicas nascidas de forma milagrosa. Vejamos algumas dessas figuras:

  1. Hórus (Egito):
    Segundo a mitologia egípcia, Hórus nasceu da virgem Ísis após a morte de Osíris. Ele era visto como um salvador e símbolo de luz, muito semelhante à forma como Jesus foi retratado.

  2. Mitra (Pérsia e Roma):
    Mitra, uma divindade associada à luz e ao sol, era celebrado em 25 de dezembro. Seu culto era popular entre os romanos, e seu nascimento de uma virgem também é um paralelo direto à narrativa de Jesus.

  3. Dionísio (Grécia):
    O deus grego do vinho e da alegria, Dionísio, era frequentemente associado a milagres e renascimentos. Sua história inclui aspectos de divindade encarnada e comunhão com seus seguidores.

  4. Tammuz (Mesopotâmia):
    Tammuz, o deus da vegetação e da renovação, também tinha uma narrativa de morte e renascimento que ecoa as histórias associadas a Cristo.


A Estratégia da Igreja: Apagar e Reasssignificar

A Igreja primitiva, consciente da força dessas narrativas pagãs, adotou uma abordagem dupla:

  1. Apagar: Condenou cultos anteriores como heréticos ou demoníacos.
  2. Reasssignificar: Incorporou elementos desses cultos ao cristianismo, atribuindo-os a Jesus. Assim, datas como 25 de dezembro, originalmente ligadas ao solstício de inverno e festividades de Mitra e Saturno, foram apropriadas como o "Natal de Cristo".

O Papel da Magia e do Ocultismo na Desconstrução

A magia, especialmente a magia do caos, oferece ferramentas poderosas para desconstruir mitos como o do Natal e liberar o indivíduo das cadeias do dogma. O praticante pode utilizar simbolismos pagãos e alquímicos para reverter a manipulação religiosa e recuperar sua soberania espiritual. Um exemplo prático:

Ritual do Renascimento Livre

  1. Objetivo: Dissolver as crenças impostas e resgatar sua conexão com narrativas espirituais genuínas.
  2. Material: Uma vela branca (simbolizando a luz interior) e uma folha de papel.
  3. Processo:
    • Escreva no papel os mitos que deseja rejeitar, como "pecado", "culpa" ou "medo do divino".
    • Queime o papel enquanto visualiza esses conceitos se dissolvendo.
    • Repita: "Eu renasço em liberdade. Minhas crenças são minhas e soberanas."

Conclusão: Desmantelando a Farsa do Natal

O Natal, com sua narrativa de nascimento virginal e milagres cósmicos, é um mosaico de adaptações e apropriações de tradições pagãs, moldado para consolidar a hegemonia cristã. Reconhecer essas origens e contradições é um ato de empoderamento, uma forma de transcender o dogma e celebrar a liberdade espiritual.

A magia do caos, como ferramenta de desconstrução, nos lembra que podemos reescrever nossas narrativas e escolher os símbolos que melhor representam nossa jornada. O verdadeiro renascimento não está em uma manjedoura fictícia, mas na coragem de rejeitar o que nos aprisiona e abraçar a infinita criatividade do caos.

por Zair Amyst

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