Vivemos em uma sociedade que muitas vezes celebra o conformismo e oferece falsas seguranças, como programas assistenciais e subsídios governamentais, que não passam de esmolas douradas. Essas esmolas, enquanto confortam, também aprisionam. E você, caro leitor, que se encontra preso nessa teia, percebe o quanto seu ego está sendo manipulado por essa "matrix" cruel que se alimenta do seu medo? O medo da falta de dinheiro, o pavor do incerto, a angústia de perder o pouco que se tem. Você se segura em algo que não é real, uma muleta frágil que te impede de caminhar sozinho. Cada dia que você aceita essa condição, você não apenas abre mão de sua liberdade; você a entrega de bandeja ao sistema que te quer pequeno, inofensivo, dependente.
Olhe para dentro de si. Você, que talvez se veja como um herói enfrentando as dificuldades da vida, é na verdade o Louco do tarot, estático, com potencial desperdiçado. Aí está você, olhando para o abismo, mas sem coragem de dar o próximo passo. Seu Mago interior, aquele que pode transformar sua realidade, está acorrentado pela sua própria procrastinação. A Roda da Fortuna, que deveria girar, permanece parada, pois você prefere o conforto do conhecido à incerteza do crescimento.
Hermes Trismegisto ensinou que "tudo flui e refluí; tudo tem suas marés." Mas você interrompeu esse fluxo. Seu ritmo natural foi substituído pela inércia. O universo está em constante movimento, mas você se recusa a acompanhá-lo. E essa recusa, meu caro, tem um preço. Você paga com a decadência espiritual, com a apatia que consome sua vitalidade, com a vida medíocre que você insiste em chamar de sua.
Você é o arquiteto da sua realidade, mas o que você está construindo? Um castelo de sonhos ou uma cela de autocomiseração? A magia do caos nos ensina que temos o poder de reescrever nossa história, mas é preciso coragem para destruir as algemas invisíveis que você mesmo colocou. Crie um sigilo para quebrar esse ciclo. Declare: "Eu supero a procrastinação e tomo as rédeas da minha vida." Transforme essa declaração em um símbolo, carregue-o com a emoção que você gasta lamentando sua condição. Depois, esqueça-o. Deixe que o universo trabalhe. Ou não, e continue exatamente onde você está: inerte, pequeno, medroso.
Confronte sua sombra, essa parte de você que se alimenta da autocomiseração. Carl Jung nos lembra que a sombra é poderosa, mas integrá-la é o único caminho para reivindicar seu poder pessoal. Enquanto você permitir que a Sombra dite suas ações, você não passará de um prisioneiro de si mesmo, uma vítima em um sistema que você ajuda a perpetuar.
Não há desculpas que possam justificar sua passividade. O medo da falta, que você usa como escudo, é a arma que a "matrix" usa para te controlar. Você tem dentro de si todo o poder que precisa para transformar sua vida, mas prefere entregar esse poder a terceiros em troca de migalhas. É isso que você quer para si? Uma vida de esmolas? De dependência? De mediocridade?
Levante-se. Olhe para o abismo e dê o próximo passo. Você não está sozinho nessa jornada. O tarot, a magia do caos, os princípios herméticos, todos estão aí para te ajudar, mas eles não podem fazer o trabalho por você. O ritual, o sigilo, o banimento – tudo isso só tem poder se você agir. E agir significa sair dessa zona de conforto que você chama de vida. Agir significa encarar seus medos, superar sua procrastinação, rejeitar as esmolas que te mantêm pequeno.
O universo é vasto, infinito, repleto de possibilidades. Você pode escolher continuar pequeno ou pode reivindicar seu lugar nele. Mas saiba disso: a escolha é sua. Sempre foi. Sempre será. E cada dia que você adia essa decisão, você escolhe a mediocridade. Escolha diferente. Escolha a liberdade. Escolha a ação.
Comentários
Postar um comentário