A Verdade Absoluta do Espiritismo e a Liberdade Anárquica da Magia do Caos: Qual o Real Propósito das Suas Crenças?
Verdade. Essa palavrinha que soa tão reconfortante para quem busca segurança e tão irritante para quem entende que o mundo é, no mínimo, um caos magistralmente organizado. O Espiritismo, especialmente o Kardecismo, se apresenta como a portadora de uma verdade iluminada, vinda diretamente de seres desencarnados, reencarnados e, quem sabe, sobrecarregados de autoridade cósmica. Mas, permita-me um momento para questionar: o que torna essas “verdades” tão inquestionáveis? E mais importante: quem disse que precisamos delas?
A Magia do Caos, esse sistema deliciosamente anárquico que não se prende a nada, tem algo a ensinar sobre isso. Ela nos convida a usar crenças como ferramentas — e não como grilhões dourados. Então, vamos passear pelo terreno pantanoso dessas "verdades absolutas" pregadas no espiritismo e ver o que acontece quando aplicamos um pouco de caos ao suposto cosmos.
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Crenças Absolutas: Revelação ou Reflexo?
Primeiro, vamos analisar a questão das revelações mediúnicas. Os textos de Allan Kardec, embora fascinantes, estão cheios de passagens que refletem o contexto sociocultural do século XIX. Racismo, colonialismo e outras pérolas de “sabedoria” da época aparecem nas entrelinhas. Claro, os defensores do espiritismo contemporâneo alegam que foi "interpretação da época", mas não soa estranho que mensagens de seres supostamente elevados espiritualmente estivessem tão contaminadas por preconceitos terrenos?
Enquanto isso, a Magia do Caos ri desse apego à pureza da fonte. Para o caos, não importa quem disse ou de onde veio. Importa o que você faz com isso. Se uma crença deixa de ser útil, descarta-se. Simples assim. Mas no espiritismo, muitas vezes, o dogma reina: aceita-se a "verdade" mediúnica como algo quase sagrado, mesmo que precise de um malabarismo interpretativo para se adequar aos tempos modernos.
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Fé ou Ferramenta?
Outro ponto fascinante é como as crenças espíritas dependem de fé. Não há testes práticos, não há "vamos tentar e ver se funciona". Tudo se baseia na aceitação do que os espíritos disseram. Afinal, eles estão em outro plano, então quem somos nós, míseros mortais, para duvidar?
A Magia do Caos, por outro lado, é deliciosamente prática. Quer invocar um servidor? Faça o teste. Quer criar um sigilo? Experimente. Não funcionou? Ajuste. Não existe verdade suprema, apenas eficácia momentânea. Uma crença é boa enquanto gera resultados. Do contrário, ela vai para o lixo cósmico, onde deveria estar qualquer sistema de crença que não sobreviva ao questionamento.
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Dogma Disfarçado de Liberdade
É curioso como o espiritismo prega evolução espiritual, mas frequentemente repele ideias que desafiam sua narrativa. Questionar? Não, isso é coisa de mentes “desarmoniosas”. Aceitar o que foi dito sem pestanejar é a regra de ouro. Até parece que os espíritos, tão avançados, não estão abertos à crítica.
Na magia do caos, por outro lado, somos incentivados a questionar tudo — inclusive a própria magia do caos. Se algo não serve, adaptamos ou abandonamos. Isso, meus caros leitores, é verdadeira liberdade. Não há grilhões de moralidade cósmica para segurar você. Apenas o caos puro e criativo, convidando você a ser o criador da sua própria realidade.
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Quando as Narrativas Desabam
Agora, vamos brincar com uma ideia. Se amanhã um médium poderoso recebesse a mensagem de que tudo o que foi dito nos últimos 150 anos está errado, quantos espíritas aceitariam? Quantos estariam dispostos a descartar séculos de tradição para seguir algo novo? A resposta é óbvia: poucos. Porque, na verdade, o espiritismo muitas vezes se agarra a sua narrativa como uma criança abraça seu cobertor de segurança.
A Magia do Caos, por sua vez, nos lembra que todas as narrativas são fabricadas. Se não servem mais, jogamos fora. E, enquanto o espiritismo tenta conciliar suas contradições históricas, nós, caóticos, seguimos alegremente experimentando novas formas de entender o universo. Sem medo, sem apego.
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Conclusão: Use, Questione, Descarte
A crítica aqui não é ao espiritismo como filosofia, mas à tendência humana de transformar sistemas de crença em prisões. A Magia do Caos nos ensina que acreditar é opcional e que nenhuma narrativa é sagrada. No final, o espiritismo, como qualquer outro sistema de crença, é apenas isso: um sistema. Um conjunto de ideias que pode ser usado, questionado ou descartado.
Então, caro leitor, da próxima vez que alguém lhe disser que os espíritos falaram e você deve ouvir, pergunte: “O que eu ganho acreditando nisso?” Se a resposta for "nada", talvez seja hora de explorar o caos. Porque no caos, meu amigo, não há verdades absolutas — só possibilidades infinitas.
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Por Zair
Um mago caótico apaixonado por derrubar certezas e construir ferramentas.
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